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  • A Quercus vai à COP 30

    A Quercus vai à COP 30

    Diferente dos anos anteriores, a Quercus vai, este ano, enviar uma delegação à COP. A presença formal da associação nesta edição histórica da COP 30 assume um significado simbólico e estratégico: celebra quatro décadas de ação ambiental em Portugal e reforça o compromisso da Quercus com a justiça climática global.

    Decorridos 30 anos desde a primeira Conferência das Partes e coincidindo esta edição com o 40.º aniversário da Quercus, entendemos que este é o momento certo para marcar presença no local da conferência, tanto como observadores como junto da Cúpula dos Povos. A nossa participação tem como objetivo acompanhar os processos de negociação e influenciar decisões, defendendo cortes reais de emissões, o fim dos subsídios aos combustíveis fósseis e uma transição justa que não sacrifique pessoas nem ecossistemas. Pretendemos também reforçar a presença da sociedade civil portuguesa, garantindo que Portugal seja representado por mais organizações críticas, informadas e independentes. Ao mesmo tempo, queremos estabelecer e fortalecer alianças internacionais, participar em eventos paralelos e redes internacionais de ONGs ambientais, promover a troca de estratégias, a articulação entre movimentos e a visibilidade do trabalho desenvolvido em Portugal.

    A COP 30 realiza-se em Belém do Pará, Brasil, uma localização particularmente simbólica por estar no coração da Amazónia, ecossistema crucial na regulação climática do planeta. A conferência decorre num momento de colapso climático acelerado, com fenómenos extremos cada vez mais frequentes, desigualdades sociais agravadas e uma perigosa distância entre compromissos políticos e ações efetivas. A urgência de decisões estruturais e de cortes reais de emissões nunca foi tão clara.

    A comitiva da Quercus será composta por três elementos, representando diferentes áreas da associação:

    • Presidente da Direção Nacional, Alexandra Azevedo
    • Vice-Presidente da Direção Nacional, Sílvia Moutinho
    • Responsável técnico da área de resíduos e energia, Pedro Moura

    A presença da Quercus na COP 30 é coerente com a missão da associação é essencial num momento em que as decisões globais precisam do olhar atento da sociedade civil. É também uma forma de celebrar os 40 anos de história da Quercus não apenas olhando para o passado, mas afirmando um compromisso com o futuro, com justiça climática, com verdade e com ação.

    A Direção Nacional da Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza

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    Contactos para mais informações:

    Alexandra Azevedo

    Presidente da Direção Nacional da Quercus

    Telefone: 927 986 193

    E-mail: alexandraazevedo@quercus.pt

    Sílvia Moutinho

    Vice-presidente da Direção Nacional da Quercus

    Telefone: 917 103 049

    E-mail: silviamoutinho@quercus.pt

  • Quercus alerta para a “morte lenta” da Zona de Repouso e Silêncio do Fanal

    Quercus alerta para a “morte lenta” da Zona de Repouso e Silêncio do Fanal

    O Núcleo Regional da Quercus da Madeira está profundamente preocupado com a situação em que se encontra a Zona de Repouso e Silêncio do Fanal. A situação é de tal modo grave que se torna revoltante assistir a uma morte lenta deste extraordinário património natural. 

    Tis centenários insistem em sobreviver, mas os seus rebentos são logo devorados pelo gado que pasta livremente. Perguntamo-nos por que não impedem o acesso do gado a estas vetustas árvores? As vacas não têm consciência deste valioso património, mas quem está à frente do Instituto de Florestas e Conservação da Natureza (IFCN) deveria tê-la e tem o dever de conservá-lo. Por que razão a Secretaria Regional do Turismo, Cultura e Ambiente e o IFCN não tomam medidas para proteger este património? Por que razão não é impedido o pastoreio nesta área protegida e frágil?

    Outro problema tem a ver com a visitação excessiva. Do elevado número de visitantes resulta um parqueamento automóvel que excede a capacidade dos dois parques de estacionamento existentes e, ao longo das bermas da estrada, aglomeram-se veículos de aluguer e todo-o-terreno repletos de turistas. Em simultâneo, são dezenas e dezenas de visitantes que pisam o solo desta reserva, percorrendo-a a seu bel-prazer, sem que haja trilhos definidos. É ver gente empoleirada em tis centenários, para se fotografar, sem que qualquer vigilância os impeça.

    Em algumas áreas, o pisoteio é de tal ordem que já não se observam herbáceas e o solo nu, compactado e impermeabilizado, não permite a infiltração da água. Noutros locais, também pelo excessivo pisoteio, as raízes destas extraordinárias árvores encontram-se expostas, vulneráveis ao que se passa à superfície.

    O Fanal não tem sido gerido como Zona de Repouso e Silêncio! Por que razão o IFCN não determina a capacidade de carga para esta e outras áreas protegidas, de modo a zelar pela sua integridade e conservação?

    O governo regional finalmente reconheceu o problema da visitação exagerada e recomendou aos operadores turísticos percursos alternativos. Maneira subtil de “sacudir a água do capote”? Quando vão estes governantes arranjar coragem para controlar o acesso às áreas protegidas, salvaguardando os seus valores naturais? Não conseguem ver que espaços naturais degradados são também um péssimo cartaz turístico e dizem muito da falta de qualidade da governança?

    Face a esta realidade, a Quercus propõe-se colaborar com o Instituto de Florestas e Conservação da Natureza (IFCN) e a Secretaria Regional do Turismo, Cultura e Ambiente, de modo a:

    Definir a capacidade de carga para a visitação na área;

    Criar percursos pedonais delimitados e sinalizados;

    Reforçar a vigilância e a sensibilização dos visitantes;

    Avaliar alternativas de estacionamento que respeitem a capacidade do local;

    Implementar medidas para limitar o pastoreio em áreas sensíveis.

    Exigimos que o IFCN cumpra o seu dever legal de conservar o nosso património natural! Controlo da visitação e fim do pastoreio no Fanal, já!

    9 de Setembro de 2025

    A Direção do Núcleo Regional da Madeira da Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza

  • A Quercus apela à regeneração do território após um dos piores anos de incêndios das últimas décadas

    A Quercus apela à regeneração do território após um dos piores anos de incêndios das últimas décadas

    O 5.º relatório provisório de incêndios rurais do ICNF revela que até 31 de agosto de 2025 Portugal já enfrentou o 4.º pior ano em área ardida desde 1996, com 254.296 hectares consumidos pelas chamas. Este valor é ainda superior ao registado no mesmo período de 2017 — ano trágico em que arderam 537.143 hectares no total.

    A Quercus manifesta a sua solidariedade com todas as populações afetadas e reafirma a sua presença no terreno. A associação coloca à disposição os seus projetos e experiência de décadas para apoiar a regeneração ecológica e a recuperação social das comunidades atingidas.

    “Neste momento particularmente desafiante para o país, queremos estar no terreno, ao lado das comunidades e das autarquias, apoiando com todos os meios ao nosso alcance e mobilizando voluntários, para a regeneração das áreas ardidas. Contribuir para a recuperação da confiança e da esperança.”

    — Alexandra Azevedo, Presidente da Direção Nacional da Quercus

    A realidade demonstra que os incêndios não se combatem apenas com meios aéreos e operacionais, mas com a transformação da paisagem. A resiliência da Mata da Margaraça (Serra do Açor), que resistiu rodeada pelo fogo de monoculturas de eucalipto, é exemplo claro de que florestas diversificadas e autóctones são mais resistentes ao fogo e fundamentais para o futuro do território.

    É tempo de inverter a trajetória da destruição para a da regeneração. O futuro das florestas depende de um financiamento justo a quem cuida e quer cuidar do território e de um compromisso coletivo para criar paisagens mais seguras e resilientes.

    Projetos em curso da Quercus para regenerar e transformar a paisagem

    • Criar Bosques (desde 2008)
      Mobiliza empresas, voluntários e apoios em ações de plantação de espécies autóctones em todo o país, incluindo Madeira.
    • Floresta Comum (desde 2012)
      Disponibiliza plantas autóctones para reflorestação por autarquias, entidades públicas e baldios. O período de candidaturas está aberto até 30 de setembro: Candidaturas Floresta Comum 
    • Aldeias Suber Protegidas (desde 2023)
      Integrado no Floresta Comum, com apoio da Corticeira Amorim, cria faixas de proteção em redor de aldeias com elevado risco de incêndio através da plantação de sobreiros e outras espécies resistentes.
    • Cabeço Santo (há 20 anos)
      Reconverte eucaliptais em bosque autóctone na região de Águeda, abrangendo atualmente 125 hectares.
    • Refloresta (desde 2023, financiado pelo INTERREG)
      Coordenado pela Junta da Andaluzia, a Quercus lidera em Portugal a regeneração de uma área ardida na Serra da Estrela (Manteigas).

    Além destes projetos, a Quercus lançou pelo segundo ano consecutivo uma campanha de recolha de sementes de centeio e bolotas, bem como de angariação de fundos para aquisição de palha e materiais de proteção do solo, fundamentais para a regeneração natural e combate à desertificação.

    Apoio às comunidades

    A Quercus coloca a sua rede de núcleos regionais, técnicos e voluntários ao serviço das populações e autarquias, oferecendo apoio técnico e acompanhamento no terreno.

    A Direção Nacional da Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza

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    Contactos para mais informações:

    Alexandra Azevedo

    Presidente da Direção Nacional da Quercus

    Telefone: 927 986 193

    E-mail: alexandraazevedo@quercus.pt

    Tito Lopes

    Vogal da Direção Nacional da Quercus

    Telefone: 966 237 047

    E-mail: titolopes@quercus.pt

  • Comunicado da Quercus Núcleo Regional de Aveiro sobre a Proposta do Plano de Pormenor do Cais do Paraíso

    Comunicado da Quercus Núcleo Regional de Aveiro sobre a Proposta do Plano de Pormenor do Cais do Paraíso

    O Núcleo Regional de Aveiro da Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza – manifesta a sua posição desfavorável relativamente à proposta de Plano de Pormenor do Cais do Paraíso, em Aveiro, que prevê a construção de uma torre de 12 pisos (44 metros de altura) destinada a uso hoteleiro, com capacidade até 600 camas.

    Apesar de reconhecer a necessidade de requalificação urbana daquela área estratégica, a Quercus considera que a solução proposta representa um grave erro de planeamento, cujas consequências negativas afetarão de forma duradoura a paisagem, a qualidade de vida da população e a resiliência da cidade face às alterações climáticas.

    1. Um projeto insustentável para a paisagem, mobilidade e identidade urbana

    A volumetria do edifício rompe de forma drástica com a escala urbana e patrimonial envolvente, criando uma barreira visual entre a Ria e o Bairro do Alboi. A estrutura projetada, visível a quilómetros de distância, descaracterizará de modo irreversível uma das entradas mais simbólicas e dinâmicas da cidade, comprometendo a imagem identitária de Aveiro enquanto cidade lagunar.

    O impacto visual e de sombreamento será profundo: 

    – as habitações do Alboi e outros bairros ribeirinhos perderão luz solar direta em parte significativa do ano, prejudicando o bem-estar da população e a vivência quotidiana dos espaços públicos;

    – a iluminação noturna do edifício intensificará ainda mais a poluição luminosa na envolvente.

    A estes problemas junta-se a pressão sobre a mobilidade:

    – um hotel de grande dimensão nesta localização aumentará de forma substancial o tráfego rodoviário, sobretudo na já sobrecarregada rotunda das Pirâmides, uma das principais portas de entrada da cidade;

    – a procura de estacionamento para o automóvel será muito maior do que a oferta, e como já acontece em muitos locais, recorre-se ao passeio dos peões.

     Em vez de se apostar em soluções de mobilidade sustentável e descongestionamento urbano, a proposta agrava desequilíbrios existentes, sem apresentar alternativas consistentes de mitigação.

    “Aveiro precisa de uma requalificação urbana que valorize a sua identidade e a ligação à Ria, não de um projeto que ameaça transformá-la num espaço descaracterizado e congestionado. A torre prevista é um ‘muro’ entre a cidade e a sua paisagem natural”, alerta Teresa Páscoa, Presidente da Direção Regional de Aveiro da Quercus.

    2. Fragilidades ambientais e riscos acrescidos num território vulnerável

    O Cais do Paraíso situa-se numa zona baixa, vulnerável a fenómenos de inundação, risco que será agravado pela impermeabilização de solos e pela intensificação de eventos climáticos extremos. A aposta num edifício desta escala contraria princípios elementares de ordenamento do território, que deveriam privilegiar soluções adaptadas à realidade climática e não expor a cidade a vulnerabilidades acrescidas, contrariando o apresentado no Plano Municipal de Ação Climática (PMAC).

    Além disso, a decisão de dispensar o projeto de Avaliação Ambiental Estratégica (AAE) e de Estudo de Impacte Ambiental (EIA) constitui uma falha grave. Nos termos da lei, empreendimentos hoteleiros com mais de 300 camas estão obrigados a AIA. Este facto foi ignorado, quando é evidente que os efeitos sobre a população, a saúde humana, o clima e a paisagem são significativos.

    A ausência destes instrumentos de avaliação enfraquece a legitimidade do processo e transmite a perceção de que as opções estratégicas foram tomadas sem o devido rigor técnico nem transparência.

    O processo participativo, por sua vez, não garantiu as condições de envolvimento cívico adequadas. A coincidência do período de consulta pública com a época de férias reduziu a possibilidade de participação informada, e não foram devidamente consideradas contribuições anteriores. Este modelo de participação formalista empobrece o debate democrático sobre um projeto de elevado impacto.

    Aveiro merece um planeamento urbano transparente, participado e resiliente face às alterações climáticas. Não podemos aceitar que um projeto desta dimensão avance sem os estudos ambientais exigidos por lei.

    A Quercus considera que a proposta de Plano de Pormenor do Cais do Paraíso não apresenta condições de sustentabilidade para ser aprovada. A associação defende que:

    • O Plano de Pormenor seja revisto e alterado em conformidade com o acima exposto; 
    • Seja obrigatoriamente realizada Avaliação Ambiental Estratégica e Estudo de Impacte Ambiental;
    • Sejam estudadas alternativas de menor volumetria, compatíveis com a escala urbana e a proteção da paisagem;
    • O processo de requalificação seja participativo e transparente, com soluções que respondam às necessidades reais da população, em particular no que respeita à mobilidade, habitação e resiliência climática.

    Aveiro, 27 de agosto de 2025

    A Direção do Núcleo Regional de Aveiro da Quercus – ANCN

  • Caminhos Convergentes para um Futuro Possível

    Caminhos Convergentes para um Futuro Possível

    Joana Guerra Tadeu | 12 de abril de 2025 | Casa do Impacto

    Na conferência organizada pela Quercus, “Caminhos Cruzados para a Neutralidade Carbónica”, cruzámos caminhos: políticos, académicos, científicos, empresariais, ativistas. Cruzámos saberes, estratégias e convicções, tal como prometia o programa, mas também cruzámos frustrações, desconfianças e urgências. E é importante que o digamos sem pudor: o desconforto sempre fez e fará parte do caminho da mudança.

    Falámos de política, ciência, energia, educação, governança, participação, comunicação, desobediência, e de limites. Ecológicos, políticos, emocionais; dos limites da nossa paciência e da nossa fé.

  • De Verde em Quando #1 com Alice da Montanha

    De Verde em Quando #1 com Alice da Montanha

    Já imaginou que aquela “erva daninha” no seu jardim pode ser um tesouro medicinal? No novo episódio do podcast De Verde em Quando, descobrimos o mundo das plantas espontâneas com Alice da Montanha, uma artista herbalista que vive em plena Serra do Marão.
    Formada em Belas Artes, Alice desenvolveu um vasto conhecimento autodidata sobre ervas medicinais portuguesas e técnicas tradicionais. Neste episódio comemorativo do Dia Internacional das Florestas, ela partilha a sua mudança para o campo, ensina a identificar plantas como a tanchagem, celidónia e malvas, e alerta-nos sobre o uso excessivo de herbicidas.

  • Cinema Quercus: The Seeds of Vandana Shiva

    Cinema Quercus: The Seeds of Vandana Shiva

    Filme : The Seeds of Vandana Shiva

    Dia: 11 de maio

    Local: Casa do comum

    Morada: Rua da Rosa 285, 1200-385 Lisboa, Portugal

    Horário: 15h30

    Género: Documentário

    Produtores:  Camilla Becket, Jim Whitney e James Becket.Duração: 1 hora 22 minutos

    Legendado em Português

    Sinopse: Como é que a filha obstinada de um conservador florestal dos Himalaias se tornou a mais poderosa opositora da Monsanto? The Seeds of Vandana Shiva apresenta a notável história de vida da ambientalista e ativista da justiça alimentar, Dra. Vandana Shiva.

    Link para inscrição obrigatóriahttps://forms.gle/MmH5nrpfgLU5ZkWD9

  • ENEC 2025: Educação Ambiental deve ser central na Educação para a Cidadania

    ENEC 2025: Educação Ambiental deve ser central na Educação para a Cidadania

    A Quercus participou na consulta pública sobre a Estratégia Nacional de Educação para a Cidadania (ENEC 2025) e Aprendizagens Essenciais para a disciplina de Cidadania e Desenvolvimento, que terminou ontem, dia 5 de Agosto.

    • Período de consulta pública coincidente com o período de férias dos professores
    • Espaço para resposta limitado
    • Proposta do governo pretende retirar o domínio da Educação Ambiental

    Consideramos que a altura do ano para esta discussão pública não é de todo favorável a uma elevada e desejada participação, pois coincide com o período de férias. Por outro lado, o espaço para responder através da ligação da Direção-Geral da Educação está limitado a 500 caracteres ou 1000 caracteres consoante os campos. Esta forma de consulta pública não é a mais adequada. O site participa.pt, onde se concentram grande parte das consultas públicas, coordenadas pela Agência Portuguesa do Ambiente, permite respostas mais elaboradas, bem como anexar documentos. Ainda assim, a Quercus participou na consulta e expressou as suas preocupações.

    Educação Ambiental diluída

    A ENEC 2025 retira o domínio da Educação Ambiental (EA), diluindo-o na dimensão da Sustentabilidade. Embora estejam intimamente ligadas, a EA centra-se mais na relação Homem-Natureza e é um meio para se alcançar o Desenvolvimento Sustentável, pelo que se considera que o conceito de sustentabilidade, por ser muito abrangente, pode tornar-se muito vago.

    Temas das alterações climáticas e biodiversidade confinados, água e energia não essenciais

    No que toca aos temas ambientais, muitos ficam confinados para cada ciclo na proposta de Aprendizagens Essenciais para a disciplina de Cidadania e Desenvolvimento. Por exemplo, o tema das alterações climáticas ficaria reduzido ao 3º Ciclo do Ensino Básico, simplesmente com o objetivo de “Compreender a necessidade de adoção de medidas para fazer face aos riscos resultantes das alterações climáticas.

    Atualmente, no Referencial de Educação Ambiental para a Sustentabilidade, documento orientador da atual ENEC, o tema das alterações climáticas é abordado ao longo de todos os níveis de ensino e de escolaridade. Esperando-se que no final da escolaridade obrigatória “Os/as alunos/as:

    • Conheçam as causas das alterações climáticas.
    • Compreendam os impactes ambientais resultantes das alterações climáticas.
    • Tomem consciência da necessidade de adotar comportamentos que visem a adaptação e mitigação face às alterações climáticas.”

    Os objetivos vão sendo cada vez mais complexos ao longo de toda a escolaridade obrigatória.

    O mesmo sucede com outros temas da ENEC 2025: o da biodiversidade, por exemplo, surge apenas nos dois anos do 2º Ciclo do Ensino Básico. Num tempo marcado por profundas crises ecológicas e sociais, em que as Alterações Climáticas e a perda da Biodiversidade são o reflexo de algum descontrolo crescente da Humanidade, a educação para a cidadania não pode ignorar a urgência de uma relação mais consciente, responsável e afetiva com a natureza.

    Outros temas importantes não constam da proposta para as Aprendizagens Essenciais. É o caso, por exemplo, dos temas do solo, da água e da energia.

    Para se rever a ENEC no âmbito da Educação Ambiental deve ser feita uma avaliação do que foi feito e, a partir daí, alterar o que pode ser melhorado.

    Consideramos a Educação Ambiental crucial para se responder aos desafios do século XXI nos quais as Alterações Climáticas e a Perda da Biodiversidade são o reflexo mais evidente da crise social e ambiental.

    Num tempo marcado por profundas crises ecológicas e sociais, em que as Alterações Climáticas e a perda da Biodiversidade são o reflexo de algum descontrolo crescente da Humanidade, a educação para a cidadania não pode ignorar a urgência de uma relação mais consciente, responsável e afetiva com a natureza.

    A participação da Quercus pode ser consultada neste link

    A Direção Nacional da Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza

    Lisboa, 6 de agosto de 2025

  • Transição energética: o que é?

    Transição energética: o que é?

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